A satisfação do brasileiro com o home office foi caindo ao longo da pandemia, segundo análises feitas pela Orbit Data Science, empresa que utiliza dados públicos de redes sociais para pesquisas. Com base em 4.798 comentários no Twitter, Facebook e Instagram, o estudo mostra que, no início da pandemia 70% dos trabalhadores se diziam satisfeitos, índice que caiu para 45% em junho e 43% em outubro de 2020. As empresas caminham para a adoção do modelo híbrido de trabalho (parte presencial, parte remota), motivadas pela redução de custos e por bons resultados, afirma a professora de administração da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Elisabete Adami).

Alguns depoimentos de pessoas que estão ainda hoje em Home Office:

Mesmo sem previsão para a seguradora onde trabalha retornar ao escritório, no RJ, o auxiliar administrativo Eduardo Jebe, 33, diz que, quando isso acontecer, o modelo de trabalho será híbrido, ou seja parte presencial e parte home office.

Inicialmente satisfeito com o trabalho remoto, hoje ele afirma preferir trabalhar presencialmente alguns dias na semana. 

Comecei a sentir falta de ver gente, de me arrumar e de sair de casa. Jebe conta que a liberação do trabalho remoto foi feita as pressas, e os funcionários tiveram que levar o computador Desktop para a casa. Só em novembro o equipamento foi trocado por um notebook e os empregados foram autorizados a levar a suas cadeiras do escritório para casa. Ele comenta que a sua conta de luz subiu muito mas em contrapartida a grande vantagem é a segurança, pois a empresa ficava em área de muitos assaltos, além disso aquele vai e vem gastando um tempo enorme em transporte desapareceu para muitos trabalhadores.

Já a Técnica Administrativa em uma empresa do RJ, Amanda Lume, 36, se declara uma entusiasta do Home Office e quer que o modelo continue após a pandemia, contudo reconhece que houve algumas dificuldades nesse primeiro ano.

O começo foi muito ruim e eu não tinha condições adequadas para trabalhar em casa e tive que trabalhar sentada no sofá! Amanda conta que desenvolveu um problema de coluna, agora sendo tratado com fisioterapia. Três meses após o início do Home Office, a empresa disponibilizou equipamentos ou verba para compra-los. Apesar de satisfeita com a rotina, Amanda diz que trabalha mais horas do que costumava trabalhar no escritório. Tem reunião que é marcada na hora do almoço ou ao final do expediente, mas mesmo assim gosto muito do home office. Não tem sentido ficar presa oito horas dentro de um prédio todos os dias, somente para cumprir horário. Se um dia trabalhei a mais, no outro comunico que vou começar mais tarde e faço o meu horário em função de prazos e demandas.

A analista de comunicação Nicole Bleidorn, 30, trabalha na escola de inglês English Live, em São Paulo, há três anos, um deles em home office.

O home office foi muito positivo para a minha qualidade de vida, mas sinto falta de ter pessoas ao meu redor no dia a dia, pois trabalhar em casa pode ser muito solitário.

Nicole perdeu a mãe em julho de 2019 e conta que a família ainda vivia o luto quando começou a pandemia. Em um momento de fragilidade, diz, precisou se manter afastada do irmão e do pai.

Por outro lado, agora que não tenho mais que enfrentar o trânsito, tenho mais tempo para mim e para quem divide a vida comigo.

Nicole diz que a empresa ofereceu uma série de medidas de apoio aos funcionários, como aluguel de computadores e cadeiras para quem não tinha em casa, aulas de dança, culinária e de exercícios respiratórios, happy hour online e dinheiro para a compra de equipamento.

A gente tinha um benefício para investimento em terapia e massagem. Na pandemia, foi autorizada a compra de materiais com esses valores. Eu, por exemplo, comprei um segundo monitor, para conseguir trabalhar de forma mais confortável, como trabalhava no escritório.

Fonte: UOL – Marcela Lemos 

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