Dona de bar em SP fez empréstimo de R$ 500 mil
Tita Dias, do Canto Madalena, só não fechou o bar por “uma questão sentimental”
O bar e restaurante Canto Madalena, na Vila Madalena, bairro boêmio de São Paulo, já começou a sentir os efeitos da pandemia antes de qualquer decreto de restrição entrar em vigor na capital paulista. “O nosso público é mais velho e muito consciente. Antes mesmo do decreto, já parou de frequentar [o bar]”, diz Tita Dias, dona do estabelecimento.
Eventos como confraternizações, lançamentos de livros e casamentos também foram cancelados. A média de faturamento, que antes da pandemia era de R$ 179 mil mensais, caiu a R$ 74 mil em março.
Estabelecimentos do nosso perfil, do setor de alimentação e bebidas, não trabalham com caixa. A gente trabalha hoje para pagar amanhã.
Com o fechamento durante o período mais crítico do ano passado, a empresária teve de recorrer a empréstimos. Primeiro, contratou dois financiamentos, de R$ 33 mil e R$ 35 mil, pelo Pese (Programa Emergencial de Suporte a Empregos) do BNDES. O dinheiro foi usado para pagar os salários dos 18 funcionários que tinha (hoje são 13).
Depois, Tita recorreu ao Pronampe, e conseguiu um empréstimo de R$ 374 mil.
Fiz um plano de negócios, demonstrando o que eu pretendia fazer e o que eu podia faturar. O que aconteceu todo mundo sabe: com o aumento da pandemia, [o faturamento] despencou. Eu não consegui cumprir o plano em dezembro, janeiro e fevereiro.
Ela só não fechou o bar no final do ano porque, em dezembro, conseguiu mais R$ 50 mil emprestados pelo Peac (Programa Emergencial de Acesso a Crédito) Maquininhas, do BNDES. No total, as dívidas somam quase R$ 500 mil.
Agora estamos totalmente descobertos. Eu só não entreguei os pontos por uma questão sentimental. É difícil você olhar para um funcionário que está com você há mais de 20 anos e tomar a decisão [de desistir].
Fonte: UOL Economia
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